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A PÁSCOA


Cristofilococus. Coredeiro. Leão. Páscoa

ANTIGO TESTAMENTO


A Páscoa foi instituída no momento em que o povo de Deus se encontrava debaixo do jugo opressor de Faraó no Egito e Deus a instituiu ao seu povo como sinal de libertação do povo desse jugo opressor, todavia, antes mesmo de ser um sinal de libertação do julgo de faraó é primeiro uma simbologia de que o povo agora já não estava debaixo da ira de Deus. No capítulo 12 de Êxodo, podemos observar a instituição da Páscoa, a décima praga e a libertação do Povo. Engraçado perceber que a instituição da páscoa está imediatamente antes da décima praga, matou os primogênitos, mas livrou o povo de Israel. E a instituição da páscoa vem carregada de simbologias e significados. Ela vem como um prenúncio de algo que iria acontecer muitos anos depois. A Páscoa se tornou uma das festas religiosas feitas agora pelo povo israelita, e fazia parte das Leis Cerimoniais que havia entre o povo Israelita havendo então uma obrigação de se fazer essa festa todo ano como lembrança de que Deus libertou o povo mediante o sacrifício do cordeiro Pascal. Três elementos simbólicos deveriam lembrar os participantes daquele evento fundamental de libertação do povo: as ervas amargas (a amargura da escravidão e o clamor por libertação seriam lembrados – fomos escravos e agora somos livres), os pães asmos (sem fermento, lembrando a pressa da saída e a corrupção do “fermento” que ficou para trás no Egito) e, principalmente, o cordeiro imolado (que foi consumido em cada família e o sangue colocado nos umbrais da porta para que o Senhor não trouxesse a praga destruidora sobre aquela casa; entende-se que o termo pesach seja, então, “passar por cima”). Os participantes dessa festa após comer o cordeiro deveriam se vestir como se fosse viajar de modo a celebrar a saída é apressada do Egito na noite em que o senhor derrotou os deuses egípcios o que não tivesse comido deveria ser queimado. (Ex.12:8). A Páscoa tinha toda uma preparação especial: no décimo dia do primeiro mês, Nisã, eles deveriam escolher um Cordeiro ou um cabrito de até um ano sem defeito algum, então o guardava até o dia 14 onde seria este imolado para poder em ser preparado e assado para ser consumido juntamente com ervas amargas e os pães asmos, que falamos anteriormente. O cordeiro era consumido ao crepúsculo do décimo quarto dia; do décimo quinto dia ao vigésimo primeiro dia se comemorava a festa dos pães asmos. Mais tarde houve um acréscimo de uma Páscoa menor (Nm.9:1-14), que era comemorada um mês após para que as pessoas que não puderam participar da primeira Páscoa, pudesse participar agora dessa festividade.

NOVO TESTAMENTO

Saltando para o Novo Testamento iremos entender a instituição da páscoa o que seria o seu real comprimento uma vez que a cerimônia ou antigo testamento servia de sinal e como sombra para uma realidade vindoura. Russell Shedd diz o seguinte, em sua bíblia comentada:

O cordeiro da páscoa era o sacrifício aceitável, que Deus mesmo tinha instituído. Jesus é a nossa Páscoa (1 Coríntios 5:7); é o cordeiro de Deus (João 1:29); o cordeiro tinha de ser sem defeitos e Cristo cumpriu esta exigência (1 Pedro 1:18-19); tinha de ser separado para o sacrifício quatro dias antes do dia 14, assim como Cristo entrou em Jerusalém no dia da separação do cordeiro e morreu no mesmo dia do sacrifício. Precisava ser imolado pela congregação inteira assim como Cristo foi sacrificado pelos líderes civis e religiosos de Israel e de Roma e pela vontade da turba popular, em prol do mundo inteiro. Nenhum osso do cordeiro podia ser quebrado [compare João 19:33 e 36]. O sangue do cordeiro era o símbolo do sangue do cordeiro de Deus e fazia está sobre o povo a proteção divina contra a escravidão do pecado e do castigo. Assim também o sangue de Jesus nos liberta da escravidão de Satanás da punição eterna. (SHEDD. Vida Nova, 1997).

Olhando para os textos de Mateus 26:17-30, Marcos 14:12-26 e Lucas 22:7-23, vamos ver que Cristo além de festejar a Páscoa, pois como ele mesmo disse: "vim para cumprir a lei", ele também cumprir a Páscoa em si mesmo e nos deixou uma nova páscoa, uma nova visão e nova forma de comemoração dessa data: a Ceia. Podemos confirmar que a ceia ficou como ordenança sagrada pelo senhor Jesus Cristo, quando olhamos para o texto de 1 Coríntios 11:23-32 onde Paulo comenta acerca da ceia e nos orienta em como realizá-la; ele chega a citar as palavras de Cristo e em seguida explicar a profundidade dessas palavras dentro deste ato. MITOS, VERDADES E CURIOSIDADES Não podemos negar que houve uma mundanização visível em algumas comemorações religiosas. Muitas comemorações legitimas foram paganizadas e isso gera, as vezes, uma repulsa e recusa por parte de alguns, em comemorar o verdadeiro sentido de determinadas coisas, isso é nítido com relação ao natal e a páscoa, por exemplo. Por isso gostaria de falar sobre alguns mitos, verdades e curiosidades sobre essa data importante. Alguns elementos estranhos foram incorporados nessa comemoração que vemos hoje, como: ovos de chocolate, o coelho, não comer carne, entre outros. A pretensão deste tópico é explicar como os respectivos elementos foram introduzidos a essa comemoração. A figura do coelho representa a fertilidade. O coelho se reproduz rapidamente e em grandes quantidades. Entre os povos da antiguidade, a fertilidade era sinônimo de preservação da espécie e melhores condições de vida, numa época onde o índice de mortalidade era altíssimo. Esses são símbolos de fertilidade que “foram herdados de celebrações pagãs relacionadas à primavera nos países europeus e no Oriente Médio”. — Encyclopædia Britannic. A figura do coelho da Páscoa foi trazida para a América pelos imigrantes alemães, entre o final do século XVII e início do XVIII. O ovo é símbolo bastante antigo, anterior ao Cristianismo, que representa a fertilidade, também. Muitos séculos antes do nascimento de Cristo, a troca de ovos no Equinócio da Primavera era um costume que celebrava o fim do Inverno e o início da primavera. Para obterem uma boa colheita, os agricultores enterravam ovos nas terras de cultivo. Quando a Páscoa cristã começou a ser celebrada, a cultura pagã de festejo da Primavera foi integrada na Semana Santa. Segundo o Dicionário-Padrão de Folclore, Mitologia e Lendas, de Funk e Wagnalls: “a brincadeira de procurar ovos supostamente trazidos pelo coelhinho da Páscoa não se trata de mera brincadeira de criança, mas é o vestígio de um ritual de fertilidade”. Dizem que os primeiros cristãos já incluíam o peixe entre os símbolos das suas crenças. Antigamente, como sinal de esperança na fé em Jesus, os primeiros cristãos costumavam presentear uns aos outros com peixes. O acróstico IXTUS, que significa “peixe” em grego, fazia referência a Jesus. As letras representavam as iniciais de “Iesus Xristos Theos Huios Sopter” que quer dizer “Jesus Cristo, Filho de Deus, o Salvador”. A abstinência de carne, presente no cardápio da maioria das pessoas, e jejum são algumas das recomendações. Mas, ao contrário do que muitos pensam, a Igreja Católica recomenda que todas as sextas-feiras do ano sejam reservadas à abstinência de carne e não apenas aquela considerada santa. É o que diz o Código de Direito Canônico, o livro que rege as regras da Igreja Católica. A tradição de comer peixes na Sexta-feira Santa é, portanto, apenas uma convenção cultivada e mantida por falta de interpretação dos textos da Igreja Católica.


O PARALELO ENTRE TEXTOS NO A.T. E NO N.T.

Quando a páscoa foi instituída vimos que havia uma série especificidades na sua comemoração, tudo isso porque essa festa apresentava simbolismos de uma realidade vindoura. Dito isto quero, neste tópico, apresentar os paralelos entre os textos do Antigo Testamento com os do Novo Testamento:


  1. Havia a necessidade de um cordeiro (Êxodo 12:3), Jesus é o cordeiro de Deus (João 1:29).

  2. O cordeiro tinha de ser sem defeitos (Êxodo 12:5), Cristo cumpriu esta exigência (1 Pedro 1:18-19).

  3. O cordeiro tinha de ser separado para o sacrifício quatro dias antes do dia 14 (Êxodo 12:3 e 6a), assim como Cristo entrou em Jerusalém no dia da separação do cordeiro e morreu no mesmo dia do sacrifício (Marcos 11 e 14:1).

  4. Precisava ser imolado pela congregação inteira (Êxodo12:6b), assim como Cristo foi sacrificado pelos líderes civis e religiosos de Israel e de Roma e pela vontade da turba popular (Mateus 27).

  5. Nenhum osso do cordeiro podia ser quebrado (Êxodo 12:46; Números 9:12), e assim se sucedeu com Jesus (João 19:33 e 36).

  6. O sangue do cordeiro era o símbolo do sangue do cordeiro de Deus e fazia está sobre o povo a proteção divina contra a escravidão do pecado e do castigo (Êxodo 12:7 e 12-13). Assim também o sangue de Jesus nos liberta da escravidão de Satanás da punição eterna (1 Coríntios 6:20 e 1 Pedro 1:18-19).

CONCLUSÃO

Mesmo com todos os incrementos estranhos ao verdadeiro sentido da páscoa, não são suficientes para deixarmos de comemorar essa data de suma importância para nós, cristãos, pois essa data representa o dia em que a obra da redenção começou a ser efetivada em última instância. Engraçado que geralmente choramos a morte das pessoas, mas a morte de cristo é a única que festejamos, até porque ele nos deu vida com a sua morte e ao ressuscitar nos mostrou que ele é poderoso para cumprir o que prometeu ao seus. Concluo que a Páscoa era a comemoração que fazia o povo israelita lembrar que Deus os havia livrado do Egito e da crueldade do faraó. Ela também apontava para a nossa realidade atual. Um cordeiro foi preparado e imolado para dar-nos liberdade. Antes o julgo opressor era de faraó, agora é o do pecado e Deus nos libertou disso através do sangue do cordeiro, a saber Jesus Cristo. Nossa Páscoa é o Senhor Jesus e comemoramos porque ele se deu a si mesmo por nós e seu sangue que antes estava nos umbrais de portas agora está sobre nossa vida.

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